K.-D. Dijkstra, no Field Guide to the Dragonflies of Britain and Europe (British Wildlife Publishing, 2006), assinalou os principais elementos de diagnóstico que permitem, através da morfologia externa, identificar os machos da espécie Onychogomphus uncatus:
o vertex é totalmente negro (embora possam existir excepções)
o colar, ou seja, a faixa no limite anterior do tórax (pterotórax), é amarelo mas interrompido por uma faixa negra localizada no alinhamento da carena dorsal
a faixa amarela ante-humeral está ligada no seu limite dorsal à faixa amarela anterior (a primeira, contada a partir da carena dorsal)
em visão lateral, as faixas negras são pronunciadas, não interrompidas e interligadas, formando uma rede complexa
nas asas posteriores, o triângulo anal é geralmente constituído por quatro células (enquanto que na Onychogomphus forcipatus o triângulo anal é constituído três células)
os apêndices abdominais superiores são encurvados para o interior, tocam-se mas não se sobrepõem.
Mas este macho, que foi observado e fotografado na margem algarvia da Ribeira de Seixe em Agosto de 2012, tem apenas três células no triângulo anal da asa posterior direita e quatro células no da esquerda. Existe assim, para além desta assimetria invulgar, um número de células na asa posterior direita que é considerado como característico e elemento de diagnóstico de outra espécie que também ocorre no Algarve, a O. forcipatus unguiculatus.
Adicionalmente, a fina faixa amarela ante-humeral, que no padrão da espécie O. uncatus é contínua e ligada à faixa amarela anterior, neste espécime surge interrompida pelo contacto entre as segunda e terceira faixas negras…