MONCHIQUE, ALJEZUR e PORTIMÃO no Top-20 dos concelhos que podem arder intensamente este ano, em Portugal continental, segundo um estudo coordenado pelo Centro de Estudos Florestais (CEF), do Instituto Superior de Agronomia (ISA).
As conclusões estão baseadas numa criteriosa análise que permitiu criar um mapa de risco, baseado numa grelha quadrangular de 400 hectares, e onde se apresenta a probabilidade de arderem mais de 250 ha por quadrícula. Entre os indicadores utilizados no modelo estão um índice de severidade meteorológica, a vegetação (florestas e matos) predominante, a ocorrência de incêndios em 2017 e o número de anos decorridos desde o último incêndio.
O modelo matemático construído pela equipa de investigação permitiu depois, para cada uma das 21.757 quadrículas em que o continente foi dividido, calcular uma probabilidade de ocorrência de um incêndio com mais de 250 ha. Foram estabelecidas cinco classes de probabilidade de risco: muito baixa (< 1%), baixa (1 a 2,5%), média (2,5 a 5%), alta (5 a 10%) e muito alta (> 10%).
0,5% do território de Portugal continental foi classificado como tendo uma probabilidade muito alta e 1,4% como tendo uma probabilidade alta. Uma probabilidade média atinge os 3,2% do território.
Na Serra de Monchique, abarcando os concelhos de Monchique, Aljezur e Portimão, predomina a classe de probabilidade média, e surgem também as classes alta e muito alta.
O mapa pode também servir para recomendar 'os locais onde deve reforçar a vigilância e patrulhamento terrestre ou onde se devem pré-posicionar os meios pesados', referiu José Miguel Cardoso Pereira, coordenador do estudo e investigador do CEF.
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Mas a questão dos riscos naquela zona algarvia não é nova. Muito recentemente, no passado dia 15 de Maio, Miguel Freitas, Secretário de Estado das Florestas, esteve no concelho para participar num workshop sobre prevenção e combate a fogos rurais e destacou a necessidade de estar muito atento a toda a Serra de Monchique. Leia mais AQUI...