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  • Writer's pictureNuno de Santos Loureiro

Monchique, milhares de hectares ardidos!


Quando o Verão parecia aproximar-se do final e o Algarve ansiava por passar quase desapercebido nas notícias sobre os grandes incêndios florestais que deixaram o país em estado de choque, o calor intenso e o vento forte dos primeiros dias de Setembro, ajudados por um incendiário que a GNR capturou em flagrante delito, acabaram por trazer pesadas marcas ao Barlavento algarvio. Os concelhos de Monchique e Portimão, e também de Silves, a partir de um incêndio que começou na Fóia a meio da tarde de 3 de Setembro, foram sendo atingidos por episódios de fogo que só ao final do dia de hoje foram declarados dominados e, finalmente, próximos da extinção...

9 de Setembro foi também ocasião para uma nova imagem do Landsat 8. A imagem abaixo apresentada foi processada em falsa cor, recorrendo à combinação das bandas 7, 5 e 3, e recorrendo simultaneamente a pan-sharpening. As áreas recentemente queimadas nos concelhos de Monchique, Portimão e Silves surgem com um intenso bordeaux. Com cor semelhante, ligeiramente mais clara, surge o recente o incêndio de São Bartolomeu de Messines, nos dias 8 e 9 de Agosto passado. A vegetação de porte arbóreo, densa, saudável e sem grandes deficiências hídricas surge a um verde muito intenso; a vegetação de porte arbustivo e menos densa surge a um verde mais escuro e menos perceptível; as áreas com pouca vegetação surgem em cores acastanhadas, enquanto que as áreas urbanas a lilás e as superfícies de água a negro.

Landsat 8 - imagem de 9 de Setembro de 2016 - falsa cor / bandas 7-5-3 - resolução de 15 metros

O incêndio dos concelhos de Monchique, Portimão e Silves teve uma extensão total de cerca de 3.730 hectares. A área ardida na mancha da Fóia é de cerca de 345 ha, a grande mancha de Monchique de 3.190 ha, duas pequenas manchas no concelho de Portimão perfazem 28 ha e a mancha a NO de Silves é de 167 ha. De referir que no momento em que foi feita a imagem Landsat 8 existiam ainda frentes de fogo activas, e que na faixa litoral oeste da região algarvia são visíveis contaminações resultantes de nebulosidade alta, as quais não perturbam a análise da área ardida e a medição da sua extensão. Pode ser feito o download do ficheiro original da imagem acima apresentada, um GeoTIFF (EPSG: 32629) com resolução espacial de 15 metros AQUI.

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