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  • Writer's pictureNuno de Santos Loureiro

Produção algarvia de vinho na década de 1880

Esta Tabela, publicada em 1891 na Memoria sobre a economia rural da 9ª região agronómica (Algarve), evidencia bem a importância que a região já teve na produção portuguesa de vinho. Hoje, de acordo com a Pordata, a produção algarvia ronda os 20.000 hl, ou seja, cerca de 12% do valor dos anos de 1880.



A dimensão destes números é consentânea com 1.ª Carta Agrícola e Florestal de Portugal, levada a cabo na viragem do séc. XIX para o séc. XX. A vinha tem, por exemplo, uma enormíssima expressão no concelho de Lagoa e, por isso, não é de surpreender que o mesmo lidere na produção algarvia de vinho.


Bivar Weinholtz, o autor na Memoria, debruça-se longamente sobre a vinha e o vinho na região, e afirma a gloriosa fama dos vinhos da Fuzeta e Moncarapacho. Mas o maior destaque é dado aos dois concelhos essencialmente vinhateiros, de Lagoa e Portimão, que consagram importantes superficies áquelle ramo da producção agricola. N'esta zona vinicola, que póde dizer-se, vae de Lagos a Albufeira, é aqui que a cultura da vinha adquire maior importancia, especialmente em Lagoa.


De notar que nesta Tabela não consta o concelho de São Brás de Alportel porque o mesmo só surgiu a 1 de Junho de 1914, quando a freguesia farense de São Brás foi elevada a concelho de Alportel, com sede na populosa aldeia rural de São Brás. Cumpriu-se assim uma antiga aspiração de muitos sambrasenses, com destaque para João Rosa Beatriz, que foi depois o primeiro Presidente da Câmara Municipal.


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