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285 items found for ""

  • ainda THE ALGARVE, de Dan Stanislawski

    Num post anterior, em Outubro de 2015, tinha apresentado a 2.ª edição do livro Portugal's Other Kingdom. The Algarve, da autoria de Dan Stanislawski. Recentemente consegui adquirir num alfarrabista irlandês um exemplar da edição original, datada de 1963. É um prazer folhear este livro. A edição de 2012 não é mais do que um facsimile da primeira edição, mas a qualidade da cópia deixa, infelizmente, muito a desejar quando comparada com o original. E as diferenças são particularmente evidentes nas fotografias... ... e mesmo que fosse só esse o motivo da compra já valeria o pequeno investimento! #DanStanislawski #livrosdefotografia #história #fotógrafos #Algarve

  • a tabela periódica sobre Lagoa

    Expresso, 14 de Maio de 2016 #JoãoMariano #JorgeCalado #Expresso #livrosdefotografia #GérardCastelloLopes #DuarteBelo #OConhecidoDesconhecido #fotógrafos

  • olhares sem olhos...

    ... ou um Algarve fotografado por Duarte Belo. Duarte Belo (1968 - ), arquitecto e fotógrafo, dedicou-se à região algarvia em três livros distintos. O primeiro intitula-se ALGARVE e surgiu como um dos volumes da colecção Portugal - O Sabor da Terra, com textos de Luís Filipe Oliveira remodelados por José Mattoso e Suzanne Daveau. A obra foi inicialmente editada em 1997, para o Pavilhão de Portugal na Expo’98 e para o Círculo de Leitores. Em 2010 o Círculo de Leitores reeditou a colecção num único volume, com texto idêntico e fotografias de (muito) menores dimensões (e qualidade). O segundo livro tem como título Território em Espera. Algarve Interior e foi publicado em 2005 pela Assírio & Alvim, para a Faro - capital nacional da cultura 2005. Os textos que acompanham as imagens são muito breves e da autoria do arquitecto e fotógrafo. Há, entre as duas séries fotográficas, uma inequívoca coerência estética. O Algarve de Duarte Belo surge representado nas suas fotografias como um território imaginário, uma construção mental a partir de uma realidade segmentada por uma visão muito pessoal. São o fruto de um exercício verdadeiramente sem pessoas... Escreveram Mattoso, Daveau & Belo no texto introdutório do livro publicado em 1997: o Algarve tem ainda riquezas escondidas que os apaixonados da paisagem e do carácter da terra conseguem ainda descobrir e apreciar. Não existem só na Serra, salvaguardada pelas maiores dificuldades de acesso e protegida pelo esquecimento a que foi condenada, e, por isso, ainda em condições de recuperar alguma da sua antiga importância, pelo menos no caso de se vir a intensificar o crescente interesse pelas questões do património e da identidade regionais. Encontram-se, também, ainda, em alguns lugares do litoral. As fotografias deste volume revelam alguns deles. Tanto uns como outros preservam ainda valores diametralmente opostos aos que o turismo fácil procura. Não é possível a conciliação entre uns e outros. O Algarve está dividido, talvez para sempre, entre as suas duas faces, a da prostituição de uma natureza esplêndida e a da sua preservada autenticidade. Em ALGARVE. Portugal - O Sabor da Terra a preservada autenticidade e o carácter da terra parecem querer explicar-se em 48 imagens a P&B, feitas desde o Cabo de S. Vicente até Alcoutim. Interessantes e desconcertantes (mais desconcertantes que interessantes), porque sejam do Algarve serrenho, do Barrocal ou do Litoral, são quase sempre de desertos humanos. Apenas dez pessoas, e sempre ao longe, se vislumbram nestas paisagem humanizadas onde não faltam registos das cidades e vilas de toda a região... A inexistência de pessoas é levada ao extremo em Território em Espera. Algarve Interior. Duarte Belo representa-o sem qualquer exemplar vivo ou morto do Reino Animal, excepção feita para uma pequena formiga :-(). Mesmo que António Eusébio, então Presidente da Câmara Municipal de São Brás de Alportel, escrevesse sobre os homens corticeiros da sua terra, eles não se assomaram em nenhuma das imagens. O livro apresenta 50 fotografias a P&B, frequentemente sombrias, que deixam na memória do leitor uma ideia triste, deprimente, do Algarve interior. Não só porque tratam de um território plenamente humanizado mas sem homens, mas também porque tratam de uma natureza decadente, decrépita, moribunda, muito preenchida por sobreiros e sobreiras que já mal lhe merecem o nome e o adjectivo. Estes dois livros de Duarte Belo sobre o Algarve são, em síntese, singulares. Carregam em si olhares sem olhos que nenhum outro fotógrafo viu da mesma forma! #DuarteBelo #JoséMattoso #SuzanneDaveau #Algarve #livrosdefotografia #fotógrafos

  • Estaleiros navais de Jaime Costa...

    O meu clássico amigo José Fernando Vieira navega em sonhos embalados por um rio Arade repleto de embarcações tradicionais, à vela. Por isso não há incursão a Lisboa que não inclua uma visita a um qualquer estaleiro naval, construtor de embarcações em madeira, fabricante de velas ou instituição de actividades náuticas entre o tradicional e o revivalista. No passado dia 16 de Março foi a vez de visitar os estaleiros navais de Jaime Ferreira da Costa & Irmão, em Sarilhos Pequenos, Moita. Definitivamente um espaço fantástico para fotografar! E, para além da estética dos estaleiros, há um ambiente humano muito especial. Entra-nos pelos olhos dentro o orgulho de quem aqui trabalha. São felizes! #estaleirosnavais #Moita

  • Chuva, lama e XCO em Marrazes

    No fim-de-semana passado estive em Marrazes, Leiria, para assistir à segunda prova da Taça de Portugal XCO Cyclin'Portugal 2016. Fui em busca de uma fotografia do David Rosa, atleta nacional de referência da actualidade e, até agora, o único a representar as cores portuguesas numa edição dos Jogos Olímpicos (London 2012). O nosso atleta olímpico não competiu sozinho e até nem subiu ao pódio. Vencedores da jornada foram, em Juniores Masculinos, João Rocha e, em Elites Femininas, a polaca Monika Zur. Em Elites Masculinos venceu o espanhol Pablo Rodríguez (116), seguido no pódio pelo alemão Maximilian Brandl (76) e pelo francês Hugo Drechou (105). Menos feliz esteve Ricardo Marinheiro (1), outro nome soante do XCO português... As viagens entre o Algarve e Marrazes foram à boleia, com a equipa ExtremoSul, de São Bartolomeu de Messines. Num período em que o XCO algarvio está a passar por momentos menos felizes foi David Belo, um dos atletas da equipa, o melhor algarvio no escalão principal ;-) Dizem-me o meu feeling e alguns anos de experiência que se está perante um betetista de elevado potencial. Bastará treinar mais e melhor, para além de receber um adequado acompanhamento técnico, e voltará em breve a existir um algarvio a subir ao pódio do XCO nacional. Vale a aposta? #DavidRosa #XCO #BTT #TaçadePortugal #JoãoRocha #DavidBelo #Leiria #Marrazes

  • Num dia que parece de Verão, nada como um piquenique no Caldeirão!

    Uhmmm... ... com dias assim apetece mesmo é passear! E já era assim em 1961, como o ilustra este registo eventualmente de José Joaquim da Silva, de Lisboa, legendado como 'Local: Serra do Caldeirão (Algarve)'. Enfim. Curiosas curiosidades que me surgem aqui e ali... #história #SerradoCaldeirão #fotógrafos

  • fotografia publicada no 'Barlavento'

    Uma das fotografias que fiz no passado domingo, na prova da Taça de Portugal de Downhill, que decorreu no Arimbo, São Brás de Alportel, foi hoje publicada na última página do Barlavento, um dos principais jornais regionais algarvios. É a imagem que ilustra a secção a foto! A imagem escolhida é a que ilustra a passagem de Emanuel Pombo, durante a 1.ª manga, num dos pontos mais espectaculares e difíceis do percurso traçado pela Xdream Blassius... #BARLAVENTO #SãoBrásdeAlportel #BTT #EmanuelPombo

  • Taça de Portugal de Downhill 2016 começou em São Brás de Alportel

    A Taça de Portugal de Downhill começou hoje, 6 de Março, em São Brás de Alportel, na pista do Arimbo. Dia de Sol, muito público, vedetas internacionais da modalidade no Algarve, muitas fotografias e entre elas fiz estas... Edgar Carballo Gonzalez (ESP19881222) - 66.º no UCI Ranking 2015 - 1.º classificado em São Brás de Alportel Sam Dale (GBR19900212) - 15.º no UCI Ranking 2015 - 2.º classificado em São Brás de Alportel Josh Bryceland (GBR19900323) - 5.º no UCI Ranking 2015 - 3.º classificado em São Brás de Alportel Emanuel Pombo (POR19870616) - 69.º no UCI Ranking 2015 - 6.º classificado e melhor português (o único no top 10) em São Brás de Alportel - o piloto madeirense foi o mais ovacionado e incentivado pelo público! Silas Grandy (GER19971029) - 10.º classificado - um jovem alemão que vive em Olhão e que parece estar entre os valores emergentes do DHI algarvio... #SãoBrásdeAlportel #Downhill #BTT #DHI #EmanuelPombo #SilasGrandy #TaçadePortugal #UCI

  • João Mariano :: Parte 2

    ALAMBIQUES & ALQUIMISTAS, editado em 2007, marca o regresso de João Mariano aos livros algarvios de fotografia de autor, depois de um interregno de seis anos. E voltou em força, com mais um trabalho verdadeiramente surpreendente! A verdade seja aqui contada. A primeira vez que vi, descontraído, este photobook, pareceu-me um livro de fotografia quase sem fotografias. Página a página, tudo igual: nas ímpares, o título sobre os vapores ondulantes do medronho; nas pares, pequenas imagens em negativo. Só me vinha à memória a Branca de Neve de João César Monteiro! Mas não. As fotografias são afinal para se descobrirem uma a uma, lentamente, abrindo as páginas dobradas mesmo até ao centro. As pequenas imagens são apenas uma ténue antevisão do que se revela depois, provavelmente através de dois gestos: o de abrir a página, o de saborear mais um pequeno trago de medronho genuíno... O livro inicia-se com um texto excelente de Teresa Resende, que muito explica sobre as artes da destilação do medronho e mais ainda sobre a vida dos destiladores. Depois surgem as 25 fotografias. Um corpo de trabalho muito sólido, consistente, maduro. João Mariano. Fotografia a preto e branco, directa, verdadeira, sem artefactos. E a sobriedade do design gráfico contribui sobremaneira para manter o público num contexto de clandestinidade que se vai evaporando a pouco a pouco. Alambiques & Alquimistas, mesmo que possa ter passado um pouco despercebido, rivaliza com Guerreiros do Mar e Lugares pouco comuns o estatuto de melhor livro de fotografia de autor de João Mariano, e tem, por certo, assegurado um lugar cimeiro entre os melhores photobooks sobre o Algarve, de todos os tempos. Alambiques & Alquimistas pode ser adquirido, por exemplo, em www.aljezurswportugal.com. Depois, em 2010, João Mariano publicou MARISCADORES. RIA DE ALVOR: HISTÓRIAS DE UM LUGAR, numa edição da Câmara Municipal de Portimão. Manuel da Luz, então Presidente da edilidade, assim escreveu: “Retrato da natureza e das gentes que somos, este trabalho é, sem dúvida, um testemunho privilegiado de um património inestimável”. E também o escritor e jornalista António Mega Ferreira deixou instruções sobre o como folhear e ver este livro: “Não tenho nostalgias por aquilo que já não conheci. Mas admiro, com comoção solidária, os que persistem em resistir ao movimento dos tempos, agarrando-se a práticas ancestrais que simulam, aos nossos olhos intensamente “civilizados”, um tempo de comunhão com o óbvio que para sempre nos escapou. O óbvio não é necessariamente sinónimo do bom; mas é quase sempre excelente.” Posto isto, surgem as fotografias do óbvio excelente, irrepreensíveis instantâneos despreocupados e debruçados no quotidiano daqueles homens. Esta obra revela-nos uma nova dimensão da capacidade do fotógrafo algarvio em documentar um território humanizado, sem forjar fotografias heróicas nem inventar edições dramatizantes. Há, em contrapartida, uma capacidade de com imagens transmitir a calma tão própria de quem vagueia na ria a mariscar, sem stress nem pressa cosmopolita. Tal atitude, no olhar de João Mariano, faz este photobook ser singular no conjunto da sua obra publicada. E, mais uma vez, está-se perante um corpo de trabalho sólido e consistente. Para que ficasse completo só faltaria mesmo que as folhas tivessem cheiro e nos deixassem nos dedos os finos sedimentos limosos da Ria de Alvor! Mariscadores. Ria de Alvor: histórias de um lugar também pode ser adquirido em www.aljezurswportugal.com. Por último, e já em 2014, com ALJEZUR, o coração da Costa Vicentina, uma edição da Câmara Municipal de Aljezur, concluem-se os photobooks algarvios de João Mariano. Por pouco tempo...

  • um 'par' de fotografias da Volta ao Algarve 2016

    Entre 17 e 22 de Fevereiro disputa-se a Volta ao Algarve 2016. Será a minha sexta algarvia fotográfica... 1.ª ETAPA A 1.ª etapa ligou Lagos a Albufeira. Escolhi três pontos para fotografar. O primeiro deles nas proximidades de Odiáxere e com a particularidade de ir aí fotografar com o DJI Phantom 3 Pro. O céu estava nublado e havia algum vento. Fotografei a cerca de 40 metros de altura... Naquele momento da corrida já existiam três fugitivos: Kamil Gradek (173 - Verva Activejet - POL), Alexander Kolobnev (141 - Gazprom-Rusvelo - RUS) e o português Domingos Gonçalves (132 - Caja Rural - ESP). O segundo ponto ficava nas proximidades do Purgatório, Paderne. Coincidia com uma das Metas Volantes. A fuga mantinha-se consistente, embora com menor diferença de tempo para o pelotão. Na primeira passagem pela linha de Meta, em Albufeira, onde naturalmente estava o meu terceiro ponto de registos fotográficos, a fuga permanecia. Mas na aproximação final à Meta o pelotão já rolava compacto e quem melhor se soube e conseguiu impor foi Marcel Kittel (32 - Etixx - Quick Step - BEL). Foi assim... 2.ª ETAPA A 2.ª etapa ligou Lagoa à mítica Fóia. Foram 198,6 km certamente difíceis mas, em compensação, percorridos entre paisagens magníficas, como as da Serra de Monchique... No alto da Serra, na Fóia, muito público, apesar do frio gélido! E enquanto se espera, fazem-se uns bonecos da gente que também espera! Na Fóia, o espanhol Luis León Sánchez (12 - Astana Pro Team - KAZ) dominou e logo após cortar a meta confessava a um elemento do staff da sua equipa: fácil! Depois surgiu Fabio Aru que o abraçou efusivamente... Também dois portugueses estiveram em destaque na Fóia: Tiago Machado (Katusha) e Amaro Antunes (LA Alumínios - Antarte), 5.º e 7.º na etapa (e também da classificação geral). 3.ª ETAPA A 3.ª etapa foi o CRi (contra-relógio individual), em Sagres. Quando o Sol nasce é para todos, mas hoje foi mais caloroso para Tony Martin (34 - Etixx - Quick Step - BEL), que vestiu a amarela. O dia ficou, infelizmente, marcado a vermelho para Luis Léon Sánchez, que teve uma aparatosa queda ao virar no Cabo de São Vicente e acabou numa ambulância, a caminho do hospital. Como Tony Martin é um carismático corredor da Volta ao Algarve, fui até ao meu baú digital: 2011, 2013 e 2014 estão bem compostos de imagens de anteriores CRi. Em 2016 o contra-relogista alemão foi 2.º no CRi, só batido por Fabian Cancellara (112 - Trek - Segafredo - USA) que foi 5" mais rápido. Nelson Oliveira (76 - Movistar - ESP) foi o melhor português, em 5.º, a 37" de Cancellara. 4.ª ETAPA A 4.ª etapa ligou São Brás de Alportel a Tavira, cidade algarvia do ciclismo de estrada, numa nova longa jornada de quase 200 km. Nas proximidades da partida fui fotografar com o DJI Phantom 3 Pro. Depois, rumei até ao Barranco do Velho, um prémio de montanha (PM) incontornável em qualquer edição da Volta ao Algarve. Aí, já estava formado um grupo de quatro fugitivos que incluía o francês Guillaume Almeida (214 - Rádio Popular Boavista - POR) da equipa lusa RPB dirigida por José Santos. Os ciclistas seguiram, depois, em direcção a Cachopo. Mantinha-se o grupo de quatro ciclistas na frente e depois o pelotão, onde a equipa Etixx - Quick Step, de Tony Martin, e a portuguesa LA Alumínios - Antarte estavam a controlar e a fazer as despesas da corrida. Algumas dezenas de quilómetros adiante, nas proximidades de Foz de Odeleite, não existiam grandes diferenças: quatro fugitivos e um pelotão com alguns retardatários, e o numeroso público espalhado pelas bermas das estradas... A história da etapa ir-se-ia escrever em Tavira, onde uma enchente de público esperava as estrelas do pelotão e também a equipa local, o Sporting Tavira. Marcel Kittel (32 - Etixx - Quick Step - BEL) decidiu bisar nas vitórias de etapas da Volta ao Algarve 2016, numa chegada a subir sempre complexa e difícil. Tony Martin manteve a amarela, segura por apenas 3 segundos. A última etapa, no imponente Malhão, será disputada pedalada a pedalada, de forma agerrida e colocando frente a frente a Etixx - Quick Step e a Sky. 5.ª ETAPA A 5.ª e última etapa ligou Almodôvar ao Malhão. É sempre a mais emblemática etapa da algarvia, a única onde o espectáculo é verdadeiramente duplo: as estrelas do pelotão e as estrelas do público! Por isso, o meu único ponto de registos fotográficos foi no alto do Malhão, onde se faz da festa... Competitivamente, o dia ficou marcado pela surpresa proporcionada por Alberto Contador (101 - Tinkoff - RUS) e pela expectável vitória de Geraint Thomas (1 - Team Sky - GBR). Antes disso, na primeira passagem pelo Malhão, Alexander Kolobnev (141 - Gazprom-Rusvelo - RUS) foi o primeiro. Viria a ser, também, o vencedor da Montanha na Volta ao Algarve 2016. No final, contra (quase todas) as expectativas, Alberto Contador decidiu mostrar o seu valor e impor o seu andamento. Cortou a linha de meta isolado e foi, para além de tudo mais, premiado com a subida até à 3.ª posição da classificação geral final. O público não deixou de o recompensar. Sem margem para dúvidas foi o ciclista mais longa e calorosamente aplaudido ao subir ao pódio, no alto do Malhão! Mas o último comentário tem de ser para o algarvio Amaro Antunes (192 - LA Alumínios - Antarte - POR), que foi o melhor português na classificação individual final, na 10.ª posição, a 1'23" do vencedor. #VoltaaoAlgarve #AlbertoContador #AlexanderKolobnev #AmaroAntunes #CarlosCabrita #FabianCancellara #FabioAru #GeraintThomas #LuisLeónSanchez #MarcelKittel #Monchique #Sagres #Tavira #TiagoMachado #TonyMartin #Lagos #Albufeira #Lagoa #SerradeMonchique #SãoBrásdeAlportel

  • Roland Oliveira de férias em Portimão, Verão de 1954

    Chegaram-me às mãos, sorte minha, três provas de contacto 6x6 de fotografias de férias em família, no Verão de 1954, feitas por Roland Carlos de Oliveira. Uma das imagens apresenta uma visão geral de uma pequena feira na zona ribeirinha de Portimão; as outras ilustram a venda de loiças e cântaros em barro. Para além do evidente interesse das imagens para a recolha sobre os Mercados no Algarve ao longo dos tempos que actualmente levo a cabo, não deixa de ser uma curiosidade interessante o facto de se saber quem fez essas fotografias. Roland Carlos de Oliveira (25.Mar.1920 - 7.Set.2007), ou Roland Oliveira, foi durante décadas o fotógrafo de 'O Benfica' e muitas vezes considerado o principal fotógrafo de Eusébio da Silva Ferreira, o pantera negra. E para além disso fazia dúzias e dúzias de 'bonecos' (fotografias) que eram, depois, utilizadas para os cromos da bola... Roland Oliveira com Eusébio (fonte: em-defesa-do-benfica.blogspot.pt/2014/03/o-fotografo-fotografado-e-foto.html) #Algarve #Portimão #RolandCarlosdeOliveira #fotógrafos

  • João Mariano :: Parte 1

    João Mariano, nascido em Lisboa (1969 - ) por engano e em Aljezur por razão, é um caso único na edição de livros de fotografia de autor em todo o Algarve: oito livros publicados e, neste momento, mais um em preparação. Fotografia a preto e branco, directa, verdadeira, sem artefactos. Anos de experiência na linha do velho mestre Robert Capa: Se as tuas imagens não estão suficientemente boas, é porque não estavas próximo o suficiente. O fotógrafo algarvio, formado na escola do Ar.Co, tem vincada preferência por temáticas centradas no sudoeste alentejano e na costa vicentina, ou seja, onde está o ar que respira e a água que bebe. É também aí que encontra a força das suas imagens. GUERREIROS DO MAR, publicado em 1998, foi o seu primeiro trabalho de referência e, ainda hoje, um dos melhores livros. Edição luxuosa para fotografias que retratam o trabalho quotidiano dos apanhadores de percebes, ou percebeiros, da Costa Vicentina. Em Guerreiros do Mar, afirmou Roberto Carneiro, “cada fotografia aporta uma emoção, um irreprimível estremecimento interior. (...) O conjunto evoca uma liturgia.” João Mariano fotografou “no limite, onde a terra e o mar se unem de forma conflituosa, parecendo querer reclamar para si a linha que os separa. É aqui que se encontra a linha de batalha dos percebeiros”. Foi aí que o fotógrafo de Aljezur registou a colecção invulgar de imagens que são apresentadas neste livro, organizado como se de um diário fotográfico se tratasse. Curiosa estrutura encontrou João Mariano para contar todas aquelas histórias. Para uns, fica evidente que de rotina se trata, com muito pouco de empolgante aventura. Para outros, afinal todos nós, o diálogo temeroso com o risco transmite-se e transborda a cada momento. E a rematar tudo isto estão aquelas mãos, aqueles bigodes, aquelas boinas. Afinal de contas tudo se passa à porta de casa, entre a Pedra da Atalaia, a da Galé, a do Gigante, os Arrifes do Pontal, o Poio do Canal e, até mesmo, a Pedra Rachada de Vasco Martins. Um espanto! LUGARES POUCO COMUNS, o segundo livro, foi publicado dois anos depois, em 2000. Se no seu primeiro trabalho João Mariano olhou para os homens, agora quis sublimar a natureza, nas suas diversas escalas e dimensões. É um livro enorme e profundamente telúrico, a olhar para as rochas, de perto, de longe. Brutal! O mar também lá está, mas o que mais fascina neste levantamento exaustivo de lugares pouco comuns, ou seja, aqueles que, segundo o fotógrafo, “abanam a trivialidade e que por si só, somente pela condicionante de o serem, enaltecem a sua existência”, são as rochas, as texturas, os grafismos, as escritas da criação. O mar, que obviamente é recorrente na costa vicentina, é aqui tão somente um enquadramento, e o homem, que só de longe em longe aparece retratado, resume-se à modesta função de mero elemento de escala. Mas João Mariano quis o seu público ligado à terra. Nada de voos excessivamente altos ou distantes. Por isso, as fotografias são intercaladas com referências geográficas que marcam o itinerário e não aconselham ninguém a esquecer-se que viaja pelos lugares pouco comuns do nosso Portugal meridional. O livro está esgotado. Esgotadíssimo, à semelhança do que acontece com Guerreiros do Mar. E quem os tem, parece guardá-los bem. Por isso, se um dia se deparar algures com algum destes títulos de João Mariano, é não perder a rara oportunidade! Seguiu-se então TRABALHO DE FUNDO, datado de 2001. Pode dizer-se ser o terceiro livro de uma trilogia que se concluiu com a sua publicação. É a trilogia que é aqui revisitada… Trabalho de Fundo foi também o primeiro livro editado pela 1000olhos, a empresa de imagem e comunicação que João Mariano e a mulher, Lenia dos Santos, constituíram em Aljezur. O fotógrafo voltou a centrar-se nos homens e nos seus labores, primeiro para a apanha submarina de algas (Gelidium sesquipedale), depois para a sua secagem, por último para a extracção do ágar. Para tal, mais que tudo, acompanhou dentro e fora de água os apanhadores de algas da Azenha do Mar e da Carrapateira. Não terá sido fácil! Sob o estrito ponto de vista de um photobook, o resultado é menos cativante, talvez porque trazia aos ombros a responsabilidade de dois antecessores de excelência e, consequentemente, a liberdade criativa de João Mariano estava desde logo comprometida. Em contrapartida, sobressai, em Trabalho de Fundo, o relevante valor documental do conjunto. Uma actividade sazonal que já é residual ou chegou mesmo ao fim, por motivos vários, e cuja memória perdurará por este trabalho do fotógrafo de Aljezur. Meticuloso e rigoroso, como sempre, João Mariano não só fotografou os homens no mar, os moleques nos barcos e as mulheres na faina da seca das algas, como também fotografou, em Coina, Barreiro, a fábrica da Iberagar, onde se extraía o ágar-ágar. Às imagens juntam-se os textos, com particular destaque para os de Dora Jesus e do próprio fotógrafo, que proporcionam melhor compreensão sobre as gentes fotografadas e as suas actividades. Trabalho de Fundo ainda está disponível. Pode ser adquirido, por exemplo, em www.aljezurswportugal.com.

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