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285 items found for ""

  • um olhar a Sul

    a fotografia de António Maria Callapez António Maria Callapez (1908 - 1997) nasceu e faleceu em Monchique. Homem com estudos começados na sua terra natal, depois com passagens por Portimão, Faro e Lisboa, e terminados em Coimbra, onde se licenciou em Direito. Este fotógrafo amador algarvio estaria hoje quase esquecido não fosse o empenhamento e trabalho de Ana Rosário Nunes e Carlos Abafa, que coordenaram a edição bilingue de um olhar a Sul // a view of the South, no âmbito de uma mais alargada comemoração do centenário do seu nascimento. O livro, publicado em 2008, é muito cuidado e incontornável numa biblioteca / colecção de photobooks sobre a região algarvia. “Não sendo fotógrafo, gostava de fotografar” escreveu a sua sobrinha, Ana Rosário Nunes. Carlos Abafa, por sua parte, escreveu: “Um dos elementos mais explorados na obra de Callapez é, sem dúvida, a luz natural, com que trabalha as imagens captadas, sendo ela própria forma”. E António Maria Callapez, ele mesmo, afirmou: “No gesto mágico de fotografar, sou eu próprio que me fundo com o real e assim o meu olhar permanecerá na fragilidade de cada imagem.” O olhar de Callapez, entre as décadas de 1930 e 60, recaiu sobre uma Serra de Monchique encantada e envolvente, onde gentes simples, laboriosas e aparentemente em paz com a vida, habitavam e trabalhavam de forma arcaica. Os registos espontâneos sobressaem na fotografia do autor, que não se coibiu de fotografar as pessoas, e estas aceitariam a sua presença com naturalidade. A par dos monchiquenses, Callapez deteve-se também no registo das paisagens serranas. E entre as poucas excepções a uns e outros registos, incluídas na selecção de um olhar a Sul, está a quase icónica imagem do pastor "Pinguelas", feita em 1955 no alto da Foia. As últimas imagens apresentadas no livro não foram feitas na Serra, mas sim no Litoral. O aguadeiro de Alvor (pág. 125), fotografado em 1963, é mais um óptimo exemplo do sentido de oportunidade de Callapez para registar o quotidiano algarvio... O livro de António Maria Callapez, não estando esgotado, é difícil de encontrar por apenas ter sido objecto de distribuição limitada. Assim sendo, para adquirir um exemplar o mais simples é contactar a Associação MEMO, de Monchique, através do endereço de email: associacaomemo@gmail.com. #AntónioMariaCallapez #Monchique #fotógrafos #livrosdefotografia

  • fotografia aérea com um Phantom 3 Pro

    Hoje tive o meu auto-baptismo de voo com um DJI Phantom 3 Professional que comprei recentemente. Testar as capacidades destes pequenos e não muito dispendiosos RPAS (Remotely-Piloted Aerial System), também conhecidos por drones, é o principal objectivo. Será possível fazer um levantamento aéreo de um pequeno território, montar um mosaico de imagens e compô-las uma só, fazer a sua orto-correcção e georreferenciação e, por fim, carregar essa imagem como um GeoTIFF num SIG? Muitas perguntas para, certamente, alguns meses de trabalho até encontrar respostas consistentes! Esta manhã, aproveitando uma abertura climatérica nestes dias que têm sido cinzentos, chuvosos e ventosos, fui fazer um voo experimental. Com o Phantom a voar a cerca de 120 metros acima do solo e a fotografar na vertical fiz diversas fotos. Partilhei algumas com o meu amigo Vitor Pina e ele devolveu-me esta depois de a editar... ... estética e tecnicamente prometedor este pequeno equipamento ;-) #drones #DJI #Algarve #Tavira

  • Atlas of the European dragonflies and damselflies

    O ano de 2016 também começa com a distribuição do novo Atlas of the European dragonflies and damselflies, editado por Jean-Pierre Boudot e Vincent J. Kalkman e publicado no final de 2015 pela KNNV Publishing, the Netherlands. O novo Atlas vem complementar e actualizar parcialmente o Atlas of the Odonata of the Mediterranean and North Africa, publicado em 2009 pela Libellula e que tinha já sido editado por J.-P. Boudot e V.J. Kalkman. Escrevem agora os editores: The literature on European dragonflies is very rich and the current book contains only a fraction on what is known. We feel however that the present publication gives a good overview of the knowledge regarding the distribution, habitat requirements and conservation status of European odonates to date. Apresentam-se detalhadamente neste Atlas as 143 espécies europeias indígenas, referindo a sua taxonomia, a distribuição pela Europa (em mapas de quadrículas UTM com 50 x 50 km) e global, a estabilidade ou tendência de expansão / decréscimo das populações, os habitats e os períodos de voo, as estratégias de conservação, e os estatutos de protecção das espécies, nomeadamente de acordo com a Directiva Habitats. É referida a Convenção de Ramsar (Convention on Wetlands of International Importance) e a rede de áreas classificadas no enquadramento da mesma, para a protecção dos habitats de alguns taxa, como a libélula Macromia splendens que ocorre, por exemplo, no Algarve. É dado destaque à Directiva Habitats, que impõe medidas de protecção para espécies de libélulas que ocorrem no Algarve, como a já mencionada M. splendens, mas também Gomphus graslinii e Oxigastra curtisii. É, por último, referida a European Red List of Dragonflies. Para o Algarve merece igualmente atenção a libelinha Lestes macrostigma, que tem uma pequena população na Reserva Natural de Castro Marim e Vila Real de Santo António (RNSCMVRSA). É uma espécie classificada como EN (Endangered) para os 27 estados-membros da União Europeia. Lestes macrostigma • tandem • RNSCMVRSA Por último, é discutido o ainda inexistente European Dragonfly Monitoring Network e a conveniência da sua criação. Mesmo assim, á reconhecida a importância fundamental das observações ocasionais ou sistemáticas dos numerosos voluntários que existem por toda a Europa, e que através de métodos estatísticos apurados permitiram consolidar a informação agora coligida e publicar um Atlas muito interessante, detalhado e rigoroso! Aah!!! A minha colaboração e o website que criei e mantenho www.odonata-algarve.info são referidos no Atlas agora publicado ;-) #Odonata #libélulas #libelinhas #dragonflies #damselflies #Algarve #Gomphidae #Macromiidae #Lestidae #Lestesmacrostigma #Corduliidae

  • odiana

    PAISAGENS, PERCURSOS E GENTES DO RIO GUADIANA Trata-se de um livro de fotografia publicado em 1998 pela Comissão de Coordenação da Região do Algarve, durante a presidência de João Guerreiro. Reúne três ensaios de outros tantos fotógrafos portugueses, mas nenhum deles algarvio. As imagens do livro, segundo o próprio João Guerreiro, “pretendem dar testemunho da cultura, da paisagem e das gentes de um território encravado entre Mértola, Tavira e Ayamonte, testemunho de histórias passadas que o presente pretende manter num quadro de coerência, de equilíbrio, de identidade e de desenvolvimento.” Inês Gonçalves trouxe a sua experiência de fotógrafa em publicações periódicas como o Independente, e as revistas Kapa e Marie Claire. Fotografara moda mas também Angola (Agora Luanda, em parceria com Kiluanje Liberdade) e Cabo Verde. E São Tomé e Príncipe, que foi (S. Tomé, Máscaras e Mitos, novamente com Kiluanje Liberdade) e continuou a ser objecto das suas objectivas. Em odiana, o seu trabalho, 20 imagens todas elas feitas em 1998, é particularmente bem conseguido em alguns retratos... Luís Pavão, nome de referência em Portugal na conservação e restauro de colecções de fotografia, surgiu em odiana com 21 imagens bastante heterogéneas, entre as quais talvez se destaquem as duas da Escola Primária de Odeleite. Onde estarão hoje todas aquelas crianças? Por último, Adriano Miranda. Fotojornalista do Público desde 1997, tem uma longa, sólida e criativa carreira profissional. Recentemente, por exemplo, através do Projeto Troika; antes, por exemplo também, com Timor. Dois retratos feitos por Inês Gonçalves, para odiana. Em odiana, o seu contributo surpreende ao ter saído do registo mais expectável. As 25 fotografias que publicou sustentam um imaginário denso e muito coerente. Por certo, para deixar evidente que aquele território encravado entre Mértola, Tavira e Ayamonte não é um local qualquer, é um território fantástico (em qualquer um dos possíveis significados do termo ;-). Cinco imagens feitas por Adriano Miranda, para odiana. O livro conta também com um breve texto de Envolvimento histórico do Guadiana, da autoria do arqueólogo Cláudio Torres. #Algarve #livrosdefotografia #fotógrafos #fotojornalismo #InêsGonçalves #CaboVerde #SãoToméePríncipe #Angola #LuísPavão #AdrianoMiranda #CláudioTorres #RioGuadiana

  • Tavira fotografada por Kärsti Stiege

    O Algarve é, sempre foi, terra de gentes que vêm, que ficam, terra de gentes que partem. Por isso, o olhar fotográfico dos estrangeiros é sempre interessante e, muitas vezes, revelador de facetas a que os próprios algarvios dão menor atenção ou valor. Os dois livros de fotografia de Kärsti Stiege sobre o Algarve servem de bom exemplo. A fotógrafa, de nacionalidade sueca (1953.Jun.07 - 2017.Jul.12), em finais da década de 1980 fez da pequena aldeia de Estorninhos, na serra algarvia, uma das suas bases de vida. A relação de afectividade de Stiege com a região, e particularmente com aquelas gentes de Tavira, torna-se por demais evidente. As suas fotografias algarvias transpiram ternura e enaltecem um bucolismo suave e doce, só próprio da imaginação de um povo simples e feliz. Mercado de Tavira - memórias (W 22.7 cm H 22.5 cm) ••• bilhete-postal ilustrado (W 15.0 cm H 10.5 cm) Mercado de Tavira - memórias é um livro particularmente interessante, mesmo único. O mercado municipal transferiu-se em Junho de 1999 para novas e mais amplas instalações, localizadas na periferia da cidade, e o Mercado da Ribeira fechou portas, para depois mudar de funcionalidades e entrar numa tristonha letargia. Kärsti Stiege fotografou com grande proximidade humanista os vendedores, guardou-lhes os nomes e os anos no mercado, num desfiar de rostos e, quase sempre, de sorrisos. Uma geração de tavirenses e dos seus ambientes, para os quais o mercado municipal era (e é) um ponto de encontro, de negócios, de conversas e convívios, ficaram retratados nessas imagens a preto e branco, cativantes. Uma das imagens do livro, editado pela fotógrafa em 1999, foi usada (Edições 19 de Abril, Lisboa) mais tarde, em 2002, para um bilhete-postal ilustrado. Da Terra, das Gentes foi também editado em 1999, com o apoio da Associação ‘In Loco’. É o mesmo olhar característico de Kärsti Stiege, mas desta vez sobre um tema recorrente e já antes explorado por outros fotógrafos. A serra algarvia, os velhos (e alguns novos), a pequena agricultura, os burros, o pão e o vinho. Breves textos de Vítor Reia-Baptista aconchegam as fotografias a preto e branco. E também de uma das mais fantásticas imagens deste livro surgiu um outro bilhete-postal ilustrado. Da Terra, das Gentes (W 22.0 cm H 21.9 cm) ••• Kärsti Stiege c/o POSTE RESTANTE (W 21.0 cm H 21.0 cm ISBN 978-972-8705-42-8) Em 2011, o Museu Municipal de Tavira promoveu a exposição Kärsti Stiege c/o POSTE RESTANTE e editou o respectivo catálogo (à venda na livraria do Palácio da Galeria por € 10). Recuperaram-se fotografias de ‘Mercado de Tavira - memórias’ e ‘Da Terra, das Gentes’, juntaram-se-lhes mais fotografias de Tavira a par com fotografias da Índia, Afeganistão, Goa e Marrocos (Chefchaouen), e conseguiu-se uma mostra retrospectiva sobre três décadas de registos fotográficos feitos por diversas paragens... (post actualizado em 23 de Julho de 2017, para a inclusão da data do falecimento de Kärsti Stiege) #Tavira #KärstiStiege #fotógrafos #livrosdefotografia #SerraAlgarvia

  • Los Odonatos de Extremadura

    Recebi recentemente um exemplar de Los Odonatos de Extremadura, editado em 2009 pela Junta de Extremadura, Consejería de Industria, Energía y Medio Ambiente (Espanha). Tinha manifestado a intenção de ter um exemplar desta publicação faz já muito tempo. E quando o assunto estava quase esquecido o livro apareceu... É um excelente livro de divulgação, especialmente para consultar em casa e no laboratório. Para o campo, o melhor mesmo é ter uma edição em formato digital (*.pdf), que pode ser descarregada de forma gratuita. Edição que impressiona pela qualidade da impressão, das fotografias, do tamanho (25,0 x 17,5 cm) e do peso (1265 g). Sob o ponto de vista técnico-científico, contém fichas detalhadas com a descrição dos insectos adultos, da sua biologia e ecologia, dos habitats preferenciais e da distribuição regional, apoiada em cartografia que utiliza quadrícula UTM de 10 km. Prólogo de Adolfo Cordero Rivera, um dos principais especialistas da actualidade em Libélulas e Libelinhas da Península Ibérica, óptimos capítulos sobre morfologia e biologia, e sobre habitats, seguidos das fichas sobre as 55 espécies que ocorrem na Extremadura espanhola. No final, capítulos sobre conservação de Odonata e sobre a dinâmica da Ordem face à mudança climática. Sem dúvida uma obra de referência, da autoria de Ángel Sánchez García, Javier Pérez Gordillo, Emilio Jiménez Díaz e Carlos Tovar Breña, para todos os interessados na odonatologia ibérica... #Odonata #dragonflies #libélulas #libelinhas #damselflies

  • a libélula que não cumpriu as regras todas

    K.-D. Dijkstra, no Field Guide to the Dragonflies of Britain and Europe (British Wildlife Publishing, 2006), assinalou os principais elementos de diagnóstico que permitem, através da morfologia externa, identificar os machos da espécie Onychogomphus uncatus: o vertex é totalmente negro (embora possam existir excepções) o colar, ou seja, a faixa no limite anterior do tórax (pterotórax), é amarelo mas interrompido por uma faixa negra localizada no alinhamento da carena dorsal a faixa amarela ante-humeral está ligada no seu limite dorsal à faixa amarela anterior (a primeira, contada a partir da carena dorsal) em visão lateral, as faixas negras são pronunciadas, não interrompidas e interligadas, formando uma rede complexa nas asas posteriores, o triângulo anal é geralmente constituído por quatro células (enquanto que na Onychogomphus forcipatus o triângulo anal é constituído três células) os apêndices abdominais superiores são encurvados para o interior, tocam-se mas não se sobrepõem. Mas este macho, que foi observado e fotografado na margem algarvia da Ribeira de Seixe em Agosto de 2012, tem apenas três células no triângulo anal da asa posterior direita e quatro células no da esquerda. Existe assim, para além desta assimetria invulgar, um número de células na asa posterior direita que é considerado como característico e elemento de diagnóstico de outra espécie que também ocorre no Algarve, a O. forcipatus unguiculatus. Adicionalmente, a fina faixa amarela ante-humeral, que no padrão da espécie O. uncatus é contínua e ligada à faixa amarela anterior, neste espécime surge interrompida pelo contacto entre as segunda e terceira faixas negras… #Onychogomphusuncatus #RibeiradeSeixe #Algarve #Odonata #dragonflies #libélulas #Gomphidae

  • ainda Luís de Almeida d'Eça...

    Num post anterior sobre o fotógrafo Luís de Almeida d'Eça tinha referido que para as onze edições do livro Algarve existiam, nas respectivas capas, apenas duas imagens diferentes. Afinal não é correcto! A capa das edições 8.ª a 10.ª. Ontem, numa visita ao Alfarrabista Simões, em Faro, para comprar outros livros de fotografia sobre o Algarve, acabei por adquirir também as 8.ª, 9.ª e 10.ª edições deste livro com textos de José Carrasco (depois traduzidos para inglês, francês e alemão por terceiros) e fotografias do casal Luís e Asta de Almeida d'Eça. Estas três edições apresentam, nas respectivas capas, uma imagem diferente. Consequentemente, no total das onze edições de Algarve, existiram três capas distintas. Fica feita a correcção!

  • ALGARVE, Le Midi Portugais, de FULVIO ROITER

    Fulvio Roiter (1 Nov 1926 - 18 Abr 2016), italiano natural de Meolo, na região de Veneto (cuja capital é Veneza), foi um dos nomes maiores da fotografia italiana do século XX. Nos primeiros tempos do seu percurso, que começaram nos anos de 1940 e culminaram no final da década de 1960, o fotógrafo destacou-se por um conjunto de trabalhos a preto e branco levados a cabo quer em Itália (Sicília e Umbria), quer na Península Ibérica (Algarve e Andalucía), sempre pautados por grande rigor formal, estético e técnico. O seu livro Venise à fleur d’eau, publicado em 1954 pela Guilde du livre de Lausanne, foi considerado o primeiro livro italiano de fotografia. Em 1955, na mesma editora, publicou com Pierre Jacquet Ombrie. Terre de Saint-Francois, livro que lhe permitiu receber em 1956 o prestigiado Prix Nadar para o melhor livro de fotografia do ano, atribuído pela Gens d’images. No final de 1959 foi para a Bélgica trabalhar. Aí conheceu Lou Embo, fotógrafa, com quem casou. Da estadia na Bélgica ficou também o livro Bruges (1963, Arcade). No início da década de 1970 Fulvio Roiter mudou para a fotografia a cores e começou a centrar uma parte da sua atenção no Carnaval veneziano. O fotógrafo alcançou uma nova dimensão de popularidade e prestígio, então fruto de numerosos livros (entre os quais Vivre Venise), bilhetes-postais ilustrados, calendários e outros souvenirs desse mundo único no Mundo. Ainda assim nunca deixou de viajar e fotografar em países como o Brasil, a Turquia, o México, o Líbano, a Tunísia, a Costa do Marfim, o Zaire, o Niger... Capas de "Algarve, Le Midi Portugais" (W 25.7 cm L 21.8 cm) e "Portugal" (W 30.0 cm L 21.8 cm). Na primeira metade da década de 1960 (entre 1962 e 1964) Fulvio Roiter visitou Portugal por diversas vezes. Algarve, Nazaré e Madeira foram fotografados detalhadamente e deram origem a dois livros: Portugal (1970, Editions Silva, Zurich), com textos em francês de Suzanne Chantal, e Algarve, Le Midi Portugais (1971, Clairefontaine, Lausanne), com textos em francês de Suzanne Chantal e Jacques Mercanton. Portugal é um livro com um extenso texto e 96 fotografias a cores, em estampas destacáveis. Suzanne Chantal (ou Suzanne Chantal dos Santos, com nacionalidade portuguesa adquirida por casamento) conhecia bem a ‘metrópole’ e, por isso, pôde alongar-se nas letras. Algarve, Le Midi Portugais é um livro de fotografia de autor muito mais ‘verdadeiro’, com um ‘sólido’ corpo de 68 fotografias a preto e branco e 14 a cores. Organizado em três temas principais (La mer, La terre et ses gens e Tourisme et vacances) e com um Petit guide de l’étranger, impressiona pelas vistas aéreas a ombrear com as fantásticas imagens documentais e realistas das gentes algarvias. Na verdade, a figura humana, mesmo que fugidia, está quase sempre presente no trabalho algarvio do fotógrafo italiano. Os contrastes vincados entre a luz intensa e as sombras bastante definidas proporcionaram-lhe outra abordagem, cuidadosamente explorada na selecção de imagens feita para integrar uma edição bastante cuidada. Algarve, Le Midi Portugais do italiano Fulvio Roiter é, sem dúvida, um dos incontornáveis livros de fotografia sobre a região, da década de 1960 e de sempre! #FulvioRoiter #Algarve #fotógrafos #livrosdefotografia

  • Algarve (quase gémeo) de Frederic P. Marjay

    Frederic P. Marjay, húngaro, foi Adido Cultural na Embaixada da República da Hungria em Portugal. Estabeleceu com o país uma relação muito próxima e que o motivou a publicar numerosos livros de fotografia. Por exemplo, 'Portugal' (1953), 'Salazar na intimidade' (1954), 'Portugal romântico' (1955), 'Açores, arquipélago místico' (1956), 'Portugal e o mar' (1957), 'Évora: a cidade milenária e o seu distrito' (1958), 'Coimbra: a cidade universitária e a sua região' (1959), 'Índia portuguesa: um estudo histórico' (1959), 'Infante D. Henrique' (1960), 'Moçambique' (1963), 'Matosinhos' (1964), 'Portugal entre gente remota...' (1965), 'Madeira' (1965), 'Navegadores portugueses: heróis do mar' (1970), 'Portugal: o Norte pitoresco' (1971), 'Lisbon and its surroundings' (1972)... Ao Algarve Frederic P. Marjay dedicou dois livros, o primeiro editado em 1964 e o segundo em 1968. A edição de 1964 começa com um texto trilingue (português, francês e inglês) de apresentação da região, particularmente atento à sua história, às cidades e vilas, ao património cultural e ao viver das gentes algarvias. Integra depois um conjunto de 88 fotografias, na sua maioria a P&B mas também a cores, em geral feitas por Marjay mas onde se podem encontrar contributos de Júlio Bernardo, Damião Cândido de Andrade, Luís de Almeida d'Eça e Liberto da Conceição. As fotografias mostram paisagens, património cultural, turismo, gentes algarvias a trabalhar e divertir-se. A edição de 1968 tem um texto semelhante mas apenas em português e inglês. Entre as 115 fotografias publicadas repetem-se bastantes, permanecem os contributos antes referidos e surge o de Helder de Azevedo. As duas edições são da Livraria Bertrand, Lisboa, não havendo na edição de 1968 qualquer referência à anterior. #FredericMarjay #livrosdefotografia #Algarve #JúlioBernardo #LuísdeAlmeidadEça #LibertodaConceição #história #Andradefamília

  • artesãos dos mercados algarvios

    Nos mercados algarvios da actualidade predominam os comerciantes. Aqueles que compram para vender e que se limitam a ganhar a sua margem de comercialização. Mas existem também artesãos que recorrem a mercados como o de Estoi, Faro, para comercializar as suas pequenas produções. Chapéus, cintos de cabedal, latoaria, loiça de barro e, até, ratoeiras de vários tamanhos! Fabricar ratoeiras e, depois, vendê-las no mercado de Estoi, Faro... #artesanato #Faro

  • pas une chaise longue...

    Em Loulé, de súbito, reencontrei-me com a série fotográfica PAS UNE CHAISE LONGUE... WC feminino do Convento do Espírito Santo, em Loulé. #cadeiras #fotógrafos #Loulé

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